Mesmo com aprovação de 54% da população pela volta do Horário de verão.
O governo federal anunciou que a volta do horário de verão em 2024 está descartada. A decisão foi comunicada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante coletiva de imprensa realizada após a análise de estudos técnicos e com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mais cedo, Silveira esteve no Palácio do Planalto para apresentar um parecer técnico ao presidente, que tomou a decisão final. Segundo os especialistas do ministério, com o retorno das chuvas e a recuperação dos níveis dos reservatórios, as hidrelétricas terão condições suficientes para atender à demanda de energia, eliminando a necessidade de ajustes no horário para economizar eletricidade.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) havia sugerido, em um relatório preliminar entregue em setembro, a possibilidade de adiantar os relógios em uma hora, o que poderia resultar em uma economia de até R$ 400 milhões. No entanto, em novos dados apresentados no dia 15 de outubro, ficou claro que a situação energética se normalizou, tornando a medida desnecessária.
Silveira reforçou que o horário de verão só seria retomado caso fosse “imprescindível” para o sistema elétrico. Ele ainda criticou o fim da medida em 2019, afirmando que a decisão, tomada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi “irresponsável”, já que os estudos da época indicavam que os benefícios de economia energética não eram suficientes para justificar sua continuidade.
Assim, o Brasil permanecerá sem o horário de verão, mantendo o padrão atual de funcionamento dos relógios em 2024.